Thursday, December 15, 2016

Icons of Romanticism (Brazil)





"'Sos de un romanticismo inaguantable'"
(se pensaba) Oliveira & Julio Cortázar
"Joyce took pleasure in undercutting romanticism, so when Budgen happened to speak of the 'heart,' Joyce commented, 'The seat of the affections is lower down, I think."
Richard Ellmann

"The nineteenth century dislike of Romanticism is the rage of Caliban not seeing his own face in the glass." 
Oscar Wild & Buck Mulligan
"Hat Jemand, Ende des neunzehnten Jahrhunderts, einen deutlichen Begriff davon, was Dichter starker Zeitalter Inspirationnannten? Im andren Falle will ich’s beschreiben..."
Nietzsche (Ecce Homo)
"The vehement yearning for violence, so characteristic of some of the best modern creative artists, thinkers, scholars, and craftsmen, is a natural reaction of those whom society has tried to cheat of their strength..."
Hanna Arendt

Em Álvares de Azevedo "havia uma certa razão de consanguinidade com Byron e uma íntima convivência com os poetas do norte da Europa". 
"... uma verdadeira sensibilidade. A melancolia de Azevedo era sincera."
"Como poeta humorístico, Azevedo ocupa um lugar muito distinto. A viveza, a originalidade, o chiste, o humor dos versos deste gênero são notáveis."
- Machado de Assis, "Lira dos Vintes Anos".

"Quem souber apreciar a cristalina, abstrata e rigorosa arquitetura dodecafônica, quase geométrica, de sua 'Suíte para piano'opus 25 ou de seu 'Quinteto de sopros', jamais poderá imaginar que a frase que se segue foi dita por Arnold Schönberg: 'Aquele que não possuir o romantismo em seu coração é um ser humano decrépito."
"Schönberg soube entender e mesmo exercitar muito bem o pathos wagneriano, mas, em vez de tentar espichá-lo ou 'modernizá-lo', como o fez Richard Strauss, ele provocou a sua imposão. Ao contrário de Debussy, que assumiu um radical distanciamento daquele estilo e técnicas composicionais, tecendo por fora e lentamente a sua contribuição renovadora, Schönberg provocou um envenenamento na engrenagem das formas, levando-as ao superlativo da expressividade, ao conflito, a uma neurótica impulsiva subjetividade onde o indivíduo situava-se como centro absoluto, intérprete e juiz do universo. A evolução desse comportamento espiritual, que veio desembocar em nosso século no expressionismo; que contou com figuras como Nolde, Kokoschka, Kandinsky, Chagal e Roualt na pintura; Wedekind, Werfel e Kafka na literatura; Wiene, Lang, Pabst, Dreyer e Murnau, no cinema, teve, em música, na obra de Arnold Schönberg, o seu carro-chefe."
Júlio Medaglia (Música Impopular)

"... como um poema que cismei numa semana de febre — uma aberração dos princípios da ciência."
"Conhaque! Não te ama quem não te entende!"
"E eis-te aí vazia, minha garrafa! Vazia como mulher bela que morreu!"
"Fumais? Perguntais de que serve o tinteiro sem tinta..."
Algumas mulheres "em falta de cabelos na cabeça os têm no coração".
"A meretriz é um cadáver. Vale-nos ao menos que sobre seu peito não se morre de frio!"
"A maior desgraça deste mundo é ser Fausto sem Mefistófeles..."
"... o que é tudo no mundo senão vapor?"
"Dizem que se a rabeca de Paganini dava sons tão humanos, tão melodiosos, é que ele fizera passar a alma de sua mãe pelas cordas de seu instrumento."
"Não há melhor túmulo para a dor que uma taça cheia de vinho ou uns olhos negros cheios de languidez."
"Não maldigas a voz rouca do corvo: ele canta na impureza um poema desconhecido."
"... nos mangues e nas águas do Amazonas e do Orenoco há mais mosquitos e sezões do que inspiração."
"... o ateísmo como na Rainha Mab de Shelley."
"A filosofia é uma cripta escura onde se esbarra na treva."
"Fausto é Werther que envelheceu."
- Alvares de Azevedo, Macário.
"Aqui dissipa-se o mundo visionário e platônico."
"A poesia é um defeito no cérebro."
"Se Adão pecou em estado de inocência, que muito é que nos dias da impureza peque o mísero Puff?"
"Este demônio de um poeta como eu nem vale um murro!"
"Ora, façam ideia que ternuras terá essa lagarta posta a fresco!"
"... como cala o vento do trópico na podre calmaria."
- Alvares de Azevedo, segunda e terceira parte da Lira dos Vinte Anos.
"A noite escura é negra como um túmulo. Durmamos."
- Alvares de Azevedo, "Gloria Moribunda".

Alvares de Azevedo “foi o primeiro, quase o único antes do Modernismo, a dar categoria poética ao prosaísmo cotidiano, à roupa suja, ao cachimbo sarrento; não só por exigência da personalidade contraditória, mas como execução de um programa conscientemente traçado”.
- Antônio Cândido, “Alvarez de Azevedo, ou Ariel e Caliban”, Formação.

See also:
Pour une littérature mineur: Mário Quintana as I see him;
Pau Brasil (Oswald de Andrade);
Mario de Andrade, tel que je l'imagine (bricolage & fragments);
Noite Morta (Manuel Bandeira, 1921);
Favorite Drummond (with translation);
Podem ficar com a realidade (Leminski);
Poème du retour: Paulo Leminski et l'éternel moustache de Nietzsche;
Two invisible phanopoeias & a silence (by Arnaldo Antunes) + Alice Ruiz;

Excerpts from a Michèle Lamy & GAIKA interview (Dazed, March 2018): 
"I always want to explore ‘radical luxury’ – I mean, I like radical more than I like luxury, and it’s very nice to be able to combine art and the commercial, but it’s one thing to say something, but you need to demonstrate it with the theme. And so we have the collection upstairs and this here (the boxing studio)." 
"For me it’s about equality, it’s about honesty. It’s about all these things where I can’t accept the alternative. Like some of the things we just seem to accept in the world as normal. Misogyny, racism, intolerance, you know, we have conversations surrounding these things in the media all the time, but nothing’s changing. And when you think about it, it’s pretty abhorrent. You know, you have to tell men not to rape people, like, including people who supposedly run the world, they have to be told not to rape…"
"I think boxing is a good metaphor for the fight we face and how we should be fighting it. You know, boxing is one-on-one. You look your opponent in the eyes and there are a lot of rules and and there is a lot of respect, traditionally. You know, it brings in a lot of different people; you take people off the street, and kids, and people from all different walks of life, and you see people realise themselves and their potential in the boxing ring. Instead of taking a gun and shooting 20 people in anger, you can be measured and see how to be strong and how to stand for yourself as an individual here."
"The world’s changing and I think the power in the world is shifting and changing. It’s shifting away from the West, it’s shifting away from men, and you’ve got one of two reactions: accept the world is changing and be part of it, or build walls, physically or metaphorically to stop it and to block it out... Yeah, to be like Trump and his wall, you know, in the White House cowering thinking ‘we are the last supreme white beings’, sitting there with his finger on the nuclear button... So extreme. You know, I think that it (Trump’s appointment) made a lot of people wake up..."
"You know, it never really made sense to me – the massive amount of inequality in the world just seems unnecessary. It just doesn’t seem like an efficient way to keep the world turning if you think of it as a machine or a structure. It’s purely about ego as far as I can tell, it’s not even just about the material side of things or money, it’s about dominance."
"... since the dawn of the internet, and people being constantly connected to these violent images every minute, every second, it’s important that the press change too. The media should be analysing themselves and changing the way they do things. I want to see unbiased opinions, I don’t want to see left-wing newspapers or right-wing newspapers. I want to see a tribune that covers it all in a fair way..." Michèle Lamy and GAIKA go head to head on the fight for the future (Dazed, 2018);

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