Thursday, December 01, 2016

Cinema Novo's Judgment Day &/or why it came to last









Glauber Rocha & Hélio Oiticica em À Meia Noite com Glauber (Ivan Cardoso, 1997);
Terra em Transe most beautiful (accomplished) scene;
Danuza Leão in A Idade da Terra (The Age of the Earth);
+ Idade da Terra (the most beautiful scenes);
Idade da Terra (most intelligent scenes);
Claro (1975);

"... the people who are very talented, but whose talents are hard to define and almost impossible to market. That was the 'staff' of Andy Warhol Enterprises... I didn't expect the movies we were doing to be commercial. It was enough that the art had gone into the stream of commerce, out into the real world."
Andy Warhol
"More and more I have the feeling that we are getting nowhere. Slowly, as the talk goes on, we are getting nowhere and that is a pleasure. It is not irritating to be where one is. It is only irritating to think one would like to be somewhere else."
John Cage (Lecture on Nothing)
"... art is a sort of experimental station in which one tries out living; one doesn't stop living when one is occupied making the art, and when one is living, that is, for example, now reading a lecture on something and nothing, one doesn't stop being occupied making the art..."
"... the movement with the wind of the Orient and the movement against the wind of the Occident meet in America and produce a movement upwards into the air..."
John Cage (Lecture on Something)

"The figures in the ISCM and the League were not powerful aesthetically, but powerful only politically."
John Cage (History of Experimental Music in the United States)
"J'emmerde l'Art."
Satie/Cage

"É difícil definir o cinema novo, sem dúvida. É uma igrejinha, mas também um movimento coletivo, talvez o mais importante da cultura brasileira nestes últimos vinte anos."
Rogério Sganzerla (Tribuna de Imprensa, 1968)
"Falaram tanto em democracia nas telas, mas são diametralmente o oposto na prática. Acabaram criando uma burocracia que eu definiria como asnocracia."
"... o mercado é tão inferior, tão pouco revelador da realidade, que na medida que os filmes são marginalizados, mais eles farão presença na história."
Rogério Sganzerla (Tribuna da Imprensa, 1987)
"O que é lamentável é dizer, com derisão, que hoje ninguém está mais influenciado, que ninguém mais vive sob a sombra de Glauber Rocha. É uma pena, porque ele é um grande autor, um grande cineasta. Mas não deixou seguidores — e não os deixou, sobretudo, entre aqueles que o cercavam."
Rogério Sganzerla (Folha de São Paulo, 1995)

"... l'agitation ne découle plus d'une prise de conscience, mais consiste à tout mettre en transe, le peuple et ses maîtres, et la caméra même, tout pousser à l'aberration, pour faire communiquer les violences autant que pour faire passer l'affaire privée dans le politique, et l'affaire politique dans le privé..."
"Sa critique interne allait d'abord dégager sous le mythe un actuel vécu qui serait comme l'intolérable, l'inviable, l'impossibilité de vivre maintenant dans 'cette' société... il s'agissait ensuit d'arracher à l'invivable un acte de parole qu'on ne pourrait pas faire taire, un acte de fabulation qui ne serait pas un retour au mythe mais une production d'énoncés collectifs capable d'élever la misère à une étrange positivité, l'invention d'une peuple"
Gilles Deleuze (L'Image Temps)

"Encontramos nas cidades a mesma hierarquia do campo; é uma herança do tempo do latifúndio, de uma mentalidade da Idade Média com, certamente, influências da civilização moderna. Em Terra em Transe a maior ambição que eu tinha era denunciar essas estruturas e paralelamente mostrar uma estrutura dramática em vias de se destruir. É por isso que que Terra em transe tem relação com Deus e o diabo. Trata-se da destruição de um discurso que já foi iniciado em Deus e o diabo...
"Lembro-me de que dizia ao montador: estou enojado porque não acho que haja um único plano bonito neste filme. Todos os planos são feios, porque se trata de pessoas prejudiciais, de uma paisagem podre, de um falso barroco. O roteiro me impedia de chegar à espécie de fascinação plástica que se encontra em Deus e o diabo."
Glauber Rocha interview with Michel Cement.

"Apesar de fazer cinema voltado para a realidade social, nunca admiti nenhuma forma de demagogia estética em face de uma arte política; porque o que acontece é que existem intelectuais, escritores, artistas e cineastas que justificam uma péssima qualidade da obra artística em nome de intenão poítica progressista."
Glauber Rocha ("O Transe da América Latina")
"A imagem desfocada, a não ser que se trate de experiência estética, não funciona."
Glauber Rocha interview with Federico de Cárdenas e René Capriles. 
"... muitas pessoas disseram tratar-se de uma inveção surrealista quando o filme era um documentário... ainda que o estilo seja bastante desigual, nota-se que, em planos muito diferentes, a câmera tem uma psoição documental."
Glauber Rocha (Cahiers du Cinema)
"... a luta pela democracia é uma luta que estrutura todas as estórias. A partir daí, eu trato sempre do mesmo tema, ou seja, a luta de classe. Sou um cineasta que tem um esquema muito aberto do jogo..."
Glauber Rocha ("A Campanha contra a Embrafilme")
"... a única coisa que Terra em Transe tem a dizer ao 'povo' é nós estamos do lado de cá e vocês do lado de lá; nós não nos sentimos bem com isso; e vejam como nós, de tão atrapalhados, não conseguimos liderar vocês."
Jean-Claude Bernadet ("Mas o público não entende...")
"...o Cinema Novo tem no conflito autor-espectador uma de suas características básicas e necessárias... não era mera atitude de oposição, foi estímulo criador..."
Jean-Claude Bernadet ("Um autor do cinema brasileiro...")

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