Sunday, July 05, 2015

Torres (Northeast of Rio Grande do Sul)



photograph by A/Z of Torres (available with other photographs and drawings at Fine Art America); 
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"In his youth, Kukai undertook ascetic practices in the mountains and by the sea, areas sacred in the archaic world view. Kukai revered and respected the deities (kami) who dwelt there." 
Yasuo Yuasa
"Porquoi le spectacle de la mer est-il si infiniment et si éternellement agréable? Parce que la mer offre à la fois l'idée de l'immensité et du mouvement... Douze ou quatorze lieues de liquide en mouvement suffisent poru donner la plus haute idée de beauté qui soit offerte à l'homem sur son habitacle transitoire."
Baudelaire (Mon coeur mis à nu)
"Die Natur soll der sichtbare Geist, der Geist die unsichtbare Natur sein." 
Schelling

"I, Kukai, have heard that where the mountains are high the clouds let fall much rain, thus nourishing vegetation, and that where drops of water accumulate fishes and dragons breed and multiply. Thus it was that the Buddha preached on steep Mount Gridhakuta [in North India] and that Avalokitesvara manifested himself on Mount Potalaka [in South India], whose strange peaks and precipices face the shores. Indeed, these mountains had evoked their presence."
Kukai (memorial relating to the founding of mount Koya, 816/Yoshit Hakeda's traslation)

"Além das pequenas ondas tinha o mar — o mar. O mar — disse baixo, a voz rouca... Às vezes entrefechava os olhos, bem ao nível do mar e vacilava, tão aguda era a visão — apenas a linha verde comprida, unindo seus olhos à água infinitamente... Não era tristeza, uma alegria quase horrível... A água corri pelos seus pés agora descalços, rosnando entre seus dedos, escapulindo clarinha clarinha como um bichinho transparente. Transparente e vivo... Tinha vontade bebê-lo, de mordê-lo devagar. Pegou-o com as mãos em concha. O pequeno lago quieto faiscava serenamente ao sol, amornava, escorregava, fugia. A areia chupava-o depressa-depressa, e continuava como se nunca tivesse conhecido a aguinha... junto do mar onde o brilho era uma chuva de peixes de água. O pai morrera como o mar era fundo! compreendeu de repente. O pai morrera como não se vê o fundo do mar, sentiu... as ondas eram sugadas pelo mar rapidamente rapidamente, também de pálpebras cerradas. Depois voltavam de manso, as palmas das mãos abertas, o corpo solto. Era bom ouvir o seu barulho. Eu sou uma pessoa." 
Clarice Lispector, Perto do Coração Selvagem

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