The Philosophy of Andy Warhol
Dos grandes e velhos diretores italianos — Antonioni, Fellini, Pasolini, Rossellini, Visconti — Marco Bellocchio é o mais intenso e ambiguo. Desde I pugni in tasca (1965), expõe as contradições de toda a suposta boa intenção política, quando passa do discurso à ação. Outro exemplo recente é Buongiorno notte (2003).
Mas Vincere é mais ousado em termos de imagem e som: contrastes de luz e sombra, sussurros e explosões, utilizados para criar uma atmosfera de intimidade, o suspense de antes do sono. Mussolini, fascinante e sedutor, não apenas às mulheres, aos pequenos burgueses e às massas, mas também a artistas e intelectuais (o exemplo mais célebre nesse sentido, além do movimento de vanguarda futurista, é o caso de Ezra Pound).
Em Porto Alegre, numa sala de cinema lotada, foi possível sentir fisicamente o constrangimento do público, quando, no final da sessão, o título “Vincere” era exibido novamente na tela. Ninguém mais é fascista, mas sempre se quer “ganhar” alguma coisa, nem que seja o valor pago pelo ingresso, restituído em alguma forma de mensagem edificante. Projetando no “vincere” a terça maior do “passione” que vêem na TV, sairam desabalados com o trítono.
See also:
- The House that Jack Built's simple equation;
- Amat Escalante (& Werner Herzog): Basilisk's Cinema;
- Amat Escalante (& Werner Herzog): Basilisk's Cinema;
And also [who is afraid of Giorgia Meloni? she is very civilized in comparison to what one finds in America: Mussolini (or something worst) moved to the colony (Salò with revenge)...]: